terça-feira, 4 de março de 2014

O mundo dos sonhos e o filtro dos sonhos

filtros dos sonhos disponíveis em Athena loja

Os sonhos são parte importante da vida em sociedades xamânicas. O mundo onírico, para os xamãs, é tão real quanto nosso mundo material, no qual poderíamos encontrar reflexos do que acontece nos sonhos. É uma dimensão que intermedeia a comunicação entre os xamãs e realidades alternativas. 

O acesso ao mundo dos sonhos não se restringiria apenas ao momento do sono, mas também a estados alterados de consciência, provocados por ingestão de substâncias alucinogénas e por algumas técnicas como a utilização de tambores e cânticos.

"O sonho é um mundo real, ele se acha aquém deste, e tudo o que vemos aqui é mais ou menos a sombra daquele mundo". Paha Sapa. Essa fala demonstra em poucas palavras o quanto é importante essa dimensão onírica da realidade, e, dada essa importância, alguns cuidados são tomados para que a viagem seja segura e proveitosa. 

xamã Hamatsa em transe
Um instrumento que protege a pessoa no singular momento onírico é o filtro dos sonhos, hoje muito popularizado. Mas ao contrário do que muito se pensa, o filtro dos sonhos não impede que a pessoa experencie pesadelos, pois no xamanismo se acredita que os pesadelos são importantes para alertar o sonhador. A função do filtro é garantir que energias negativas não encontrem o caminho dos sonhos e assim não possam enganar o sonhador e influenciá-lo negativamente durante seus sonhos. As energias negativas ficariam retidas na teia do filtro dos sonhos e apenas as energias positivas conseguiriam passar pelo seu centro.

filtros dos sonhos, peças únicas,
disponíveis em Athena loja

A origem do filtro remete a uma lenda do povo Ojibwe, segundo os quais, este objeto seria um presente da aranha sagrada Iktomi. Assim conta a lenda:

"Conta uma velha lenda dos nativos norte-americanos, que um velho índio ao fazer uma Busca da Visão no topo de uma montanha, lhe apareceu Iktomi, a aranha, e comunicou-se em linguagem sagrada. A Aranha pegou um aro de cipó e começou a tecer uma teia com cabelo de cavalo e as oferendas recebidas. Enquanto tecia, o espírito da Aranha falou sobre os ciclos da vida, do nascimento à morte e das boas e más forças que atuam sobre nós em cada uma dessas fases. Ela dizia: “Se você trabalhar com forças boas será guiado na direção certa e entrará em harmonia com a natureza, do contrário, irá para uma direção que causará dor e infortúnios.” No final a Aranha devolveu ao velho índio o aro de cipó com uma teia no centro dizendo-lhe: “No centro está a teia que representa o ciclo da vida. Use-a para ajudar seu povo a alcançar seus objetivos, fazendo bom uso de suas idéias, sonhos e visões. Eles vem de um lugar chamado Espírito do Mundo que se ocupa do ar da noite com sonhos bons e ruins."




fontes consultadas: